A importância do Animador(a) Sociocultural face aos Idosos institucionalizados

Autor: Joana Inês Sousa Castro

Registo: 08AS/24

Introdução:

Este trabalho surgiu no âmbito da Prova de Aptidão Profissional, do
curso profissional de Animador(a) Sociocultural, da Escola Profissional Atlântico.
O tema escolhido para a sua execução incide sobre “A Importância da do Animador(a) Sociocultural face aos idosos institucionalizados”, com a orientação da professora Cláudia Paixão, pois um dos aspetos sociais que mais nos preocupa nos últimos tempos é o envelhecimento da população.
O envelhecimento está na ordem do dia. O envelhecimento demográfico é hoje uma realidade em Portugal e nos países industrializados. É um fenómeno que cresce de forma acelerada, predominando uma estrutura etária cada vez mais envelhecida com baixos níveis de fecundidade e mortalidade, o que alterou a dinâmica populacional, inibindo, assim, o crescimento natural das
populações.
O envelhecimento faz parte da lei universal da vida, na qual se insere o ciclo biológico desde o nascimento, o crescimento, o desenvolvimento e a morte, pelo que o envelhecimento não deve ser entendido apenas como um processo demográfico nas quais as gerações atingem a terceira idade, mas sim, um processo que assume vários aspetos desde biológicos, psicológicos e
sociais que, por sua vez, necessitam de respostas, devido às necessidades de cuidados específicos à sua situação. Foi para responder a estes desafios, a vários níveis, que apareceram e cresceram diferentes respostas sociais, sendo os Centros de Dia e os Lares.
A Institucionalização surge, normalmente, como última alternativa.
Porém se é verdade que a perda de autonomia física é determinante na opção de internamento, também o é o facto de que, associados a esta dependência física surgem outros fatores que, por vezes condicionam esta decisão.
Perante estes factos, torna-se importante desenvolver meios para
melhor atender às dificuldades do crescente grupo de idosos inseridos nesta Instituição, salientando que trabalho através de equipas multidisciplinares tende a proporcionar aos idosos não só mais anos, mas também, mais qualidade de vida.
Prova de Aptidão Profissional – A Importância do Animador(a) Sociocultural Face aos idosos institucionalizados
Face ao exposto e às potencialidades da Animação Sociocultural, sabe-se que as capacidades mentais e psicológicas dos idosos são fortificadas, quando estes estão envolvidos em práticas educativas, sociais e culturais. Não é por se ter mais de 65 anos e se está institucionalizado que a vida vai parar.
É função do animador sociocultural tornar esse tempo livre e solitário num tempo animado através de atividades que tenham em conta a experiência de vida, a cultura, os saberes, as vivências desses mesmos idosos. Aproximar gerações, reavivar laços perdidos e contribuir para uma educação permanente, melhorando assim a sua qualidade de vida.
Como refere Martín (2007:70) “a falta de contacto intergeracional pode ser a base que explica as perceções negativas relativamente aos idosos”.
O mesmo autor sublinha ainda que é necessário avaliar se o aumento da quantidade de contactos com idosos, pode ser um meio adequado para formar e informar os mais jovens acerca do que significa e do que é a velhice e se contribui para modificar as atitudes menos positivas sobre a velhice e proporcionar um melhor entendimento intergeracional.
Deste modo, as atividades diárias estão relacionadas com a
sobrevivência do idoso e com a qualidade de vida, pois se as capacidades do idoso forem resgatadas de forma plena ou adotada, podem realizar-se as atividades diárias de forma independente.
A Animação na Terceira Idade é vista como uma terapia ocupacional,
pois visa o tratamento de condições de saúde que afetam o desempenho das pessoas em qualquer fase da vida através do envolvimento em atividades significativas, com o objetivo de lhes proporcionar o seu máximo nível de funcionalidade e de independência nas ocupações em que pretendem participar.
Assim, o profissional ao intervir com a população idosa visará fortalecer as capacidades funcionais, cognitivas e sociais do idoso, com o objetivo que este execute quer as atividades diárias, quer as atividades socioculturais com a maior independência possível, de acordo com suas limitações.
No que concerne à estrutura deste trabalho, ele estará organizado em três partes, onde serão abordados os conteúdos analisados numa breve Prova de Aptidão Profissional – A Importância do Animador(a) Sociocultural Face aos idosos institucionalizados
revisão de literatura, os procedimentos e o plano de intervenção a ser desenvolvido a posteriori, no meu local de estágio
Na primeira parte, será realizado o enquadramento teórico do estudo, que aborda os aspetos relacionados coma velhice e envelhecimento, designadamente algumas definições deste conceito e alterações decorrentes do mesmo. Para além desta serão abordados aspetos à Animação Sociocultural e ao Animador Sociocultural.